Precisamos fugir urgentemente da mesmice formal dos apertos de mão sociais, de como vai você e a família, rezando para que o outro responda tudo bem, como manda o padrão, que nos protege de qualquer envolvimento e possível responsabilidade para com alguém.
Não queremos saber nada sobre o outro, não queremos de fato saber e temos medo de quem sabe, temos verdadeira paúra de saber que o outro pode estar precisando de nós, pois não há nada mais importante, que nossa própria vida e nosso umbigo.
Precisamos fugir desse modelo, porque pra mim está muito claro, que noventa por cento dos nossos problemas e cem por cento da nossa solidão, são resultado dessa nossa postura hipócrita com todos, sem exceção, inclusive com a família.
Hoje na missa, pedirei ao Senhor, que me ajude a me tornar melhor para o meu irmão, que eu segure forte sua mão, até ouvir um "tudo bem" sincero, firme, seguro, caso contrário, que eu fique ao lado de meu irmão, seja quem for e possa fazer a diferença, mesmo que só ouvindo seu desabafo. É gente demais, com os olhos no chão, sempre pedindo perdão, gente que a gente não vê, porque é quase nada, como dizia Drummond.
Precisamos nos envolver, precisamos sair da formalidade, agora, imediatamente. Nas relações humanas, o caminho é o da informalidade, do coração aberto.
A bênção que peço pra mim e pros meus, peço para todos, pois creio verdadeiramente, que somos todos irmãos.
Uma feliz e abençoada semana a todos
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