VARIAÇÕES SOBRE UM MESMO TEMA


Há treze meses escrevi aqui no blog sobre as enchentes que pararam São Paulo (consulte dez-2009).
Naquela oportunidade critiquei de forma branda, com texto sarcástico, postei algumas fotos e ao longo do ano de 2010 cheguei a acreditar que demoraria para vermos as mesmas cenas novamente.
É evidente que contra a força da natureza não há o que fazer, mas também fica claro que além de termos destruido e desmatado tudo que vimos pela frente, ninguém ao longo dos anos tomou providencias para que estas tragédias não se repetissem, parando as cidades, desabrigando as pessoas, matando as pessoas, num espetáculo de horror que se repete por décadas e décadas, sem que as autoridades façam coisa alguma.
Claro que algumas coisas nós podemos e devemos fazer, como por exemplo: não jogarmos lixo nas ruas, separarmos o lixo que pode ser reciclado, etc. Mas há coisas que só as autoridades podem fazer. É claro que ninguém gosta de morar em área de risco, expondo as vidas dos próprios filhos, esposa, marido, pai e mãe. Se moram em lugares assim, é porque não tem saida e nessa hora o estado tem a obrigação de intervir, não permitindo a invasão de áreas de proteção ambiental, de encostas, etc. e se já ocupadas, providenciar a realocação dessas famílias, através de um programa sério de habitação popular e recuperação dessas áreas. Ao invés disso, os governos federal, estaduais e municipais, legalizam essas áreas invadidas, numa atitude demagoga e geralmente com intuitos eleitorais e quando já reeleitos, sequer param para pensar que as mortes que acontecem em virtude do extremo abandono do povo brasileiro, muitas vezes tem relação direta com práticas demagogas ou de descaso, direta ou indiretamente com suas atitudes ou de seus pares, muitas vezes de anos atrás.
Tristes dias estamos vivendo no Brasil.
São centenas de mortos no estado do Rio de Janeiro, dezenas de mortos em São Paulo e Minas Gerais e o mais triste é saber que não para por aí.
Deus proteja o Brasil e a todos nós.

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