O maior
projeto de nossas vidas passa necessariamente pelo amor ao próximo, aos amigos
e aos estranhos, àqueles que permanecem e àqueles, que por alguma razão não
estão mais tão perto assim. As maiores bênçãos que podemos receber de Deus, são
a sabedoria e humildade para reconhecer no outro a nós mesmos e nunca, em
hipótese alguma julgar o outro, seja por que motivo for, pois o julgamento
pertence somente a Deus. Entre as inúmeras graças que podemos e devemos pedir a
Deus, estão a de nunca nos esquecermos de onde viemos e sabermos para onde
queremos ir e quais são os valores em que apoiamos as nossas vidas, pois dessa
forma, poderemos saber o que nos espera no dia do juízo. Caro amigo ausente, do
fundo do meu coração, ou pelo menos do que restou dele (imagino pelo seu silencio,
que você não saiba o que aconteceu com seu amigo), desejo um maravilhoso 2014
para você, sua família e todos os que você ama. Continue nessa toada, pois você
sabe que eu sempre fui um dos que torceu pelo seu sucesso, de maneira
absolutamente honesta e desinteressada. O que pude fazer por alguns, mesmo sem
conhecer, o fiz pela amizade e carinho que sempre tive por você, apesar de ter
sido lesado, difamado, caluniado e ameaçado, nunca me arrependi por ajudar um
amigo, ou alguém próximo de um amigo. Ninguém tira leite de pedra, nem colhe
uvas plantando abacaxi, tampouco pode dar o que não tem, mas quando estamos
apoiados na verdade de Deus (não na nossa “verdade”), certamente somos
justificados. A fé e a verdade da palavra de Deus me levantaram do leito de
morte e me permitiram estar vivo neste momento, para completar as coisas, que
eu comecei e para ver o triunfo da verdade. Muitos conspiraram contra mim,
principalmente os que eu mais confiei, mas Deus não permitiu que eu perdesse
minha vida e me honrará até o fim.
Prezado
amigo ausente, desejo que você seja muito feliz, cada vez mais feliz, mas nunca
perca o foco do céu, da santidade, do amor aos seus, mas principalmente amor por
aqueles que nos causam mais asco, desprezo, nojo muitas vezes, aqueles que
sequer percebemos (o Vinicius de Moraes os chamava de “gente com os olhos no
chão, sempre pedindo perdão, gente que a gente não vê, porque é quase nada”),
são esses os mais difíceis de amarmos, pois enxergamos neles a nossa
mediocridade e fragilidade.
Prezado
amigo ausente, você não foi lá muito legal nesses anos que se passaram, mas há
sempre tempo para se redimir.
O que me
pergunto agora é se talvez eu não tenha sido um amigo ausente na vida de
alguém.
Não permita
Senhor Deus, que meus olhos fiquem tão mareados com as lágrimas derramadas pela
minha própria adversidade, ao ponto de não permitir, que eu enxergue a solidão
do meu irmão, meu amigo, meu semelhante.
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